O vereador Waldeny Santana (União Brasil) usou suas redes sociais para se pronunciar sobre a cassação do seu mandato após a conclusão do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral – TRE – da Paraíba nesta segunda-feira (06). A corte aponta ocorrência de fraude e de abuso de poder político na realização de candidaturas fictícias (laranjas) com a finalidade de se cumprir a cota de gênero de 30% exigida pela legislação eleitoral em 2020.
No caso de Waldeny, além da perda de mandato, a corte impôs inelegibilidade de oito anos. Os demais não ficam inelegíveis.
Na publicação, ele apontou que foi “Cassado por uma interpretação estranha da chamada cota de gênero”. Também no texto, Santana aponta que “Hoje não foi apenas o meu mandato que foi cassado pelo TRE, mas cassaram também cerca de 30 mil votos depositados pelos eleitores na última eleição”.
Em tese, com a saída desses quatro, devem assumir mandato na Câmara Municipal de Campina Grande Napoleão Maracajá, Márcio Melo, Dra. Carla e Bruno Faustino – atualmente como suplente no exercício do mandato na cadeira deixada por Valéria Aragão, atual secretária de Estado.
Da decisão cabe recurso.
Leia o texto da publicação de Waldeny na íntegra:
“Hoje não foi apenas o meu mandato que foi cassado pelo TRE, mas cassaram também cerca de 30 mil votos depositados pelos eleitores na última eleição.
E o motivo não foi corrupção, compra de votos ou qualquer crime. Fui cassado por uma interpretação estranha da chamada cota de gênero.
O nosso partido, o DEM, foi um dos partidos com menor verba do fundo eleitoral e não se registrou qualquer ação criminosa de seus membros.
A cassação veio porque duas candidatas mulheres resolveram, após o prazo de inscrição das candidaturas, desistir do pleito.
Quanto eles receberam do fundo eleitoral? Nada, nenhum real de dinheiro público foi colocado nessas candidaturas.
Qual a vantagem que os demais candidatos do partido levaram com isso?
E por que candidaturas femininas em partidos maiores que receberam grandes recursos e tiveram 5, 7 ou 10 votos não foram declaradas como “laranjas”?
É difícil aceitar decisões como essa, mas vou continuar o meu trabalho com tranquilidade e com a certeza de que só fiz o que era melhor para o povo de Campina Grande, sempre com honestidade, transparência e muito trabalho.
Repito o que eu disse quando iniciei meu mandato: não estou na política para me promover, enriquecer ou fazer disso um negócio. Faço política para servir a Deus e ao próximo.
Se não puder mais agir na esfera da política eleitoral, continuarei meu trabalho onde Deus Permitir.
Um abraço a todos os que acompanham o meu trabalho.
Conto com a oração e o apoio de todos vocês!”
Foto: Reprodução/Redes Sociais