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    Saulo Germano divulga nota apontando que vereadores campinenses podem fiscalizar a Cagepa

    Repercutiu nas redes sociais nesta quarta-feira (26) a notícia de que vereadores da bancada governista na Câmara Municipal de Campina Grande foram barrados quanto tentavam realizar uma fiscalização num dos reservatórios pertencentes a Cagepa e instalado em Campina Grande. A ação aconteceria no chamado ‘R9’, no bairro de Santa Rosa.

    Depois das publicações, surgiram comentários de que os vereadores campinenses não teriam prerrogativa para uma fiscalização do tipo, por ser a Cagepa um órgão do Governo do Estado.

    Após isso, o vereador-presidente da CMCG, Saulo Germano, divulgou uma nota pública rebatendo essa afirmativa. Veja na íntegra:

    NOTA PÚBLICA

    A Câmara Municipal de Campina Grande comunica à população que possui, sim, plena competência constitucional e legal para fiscalizar os reservatórios, obras e estruturas operadas pela CAGEPA dentro do território do município, mesmo sendo a empresa vinculada ao Governo do Estado.

    Essa prerrogativa decorre de três fundamentos claros:

    1. A água e o esgoto são serviços públicos municipais:

    1. A Constituição Federal determina que o serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário é de interesse local, cabendo ao Município organizá-lo e fiscalizá-lo, ainda que sua execução seja delegada a outro ente. Por isso, mesmo quando uma empresa estadual opera o sistema, a titularidade continua sendo do Município, e a Câmara tem o dever de fiscalizar como esse serviço está sendo prestado.

    2. O Contrato de Programa firmado entre o Município e a CAGEPA obriga o Município a fiscalizar a empresa

    O documento que autoriza a atuação da CAGEPA em Campina Grande estabelece que:
    • o Município pode exigir que a CAGEPA refaça obras e serviços defeituosos;
    • deve acompanhar obras, ampliações e manutenções;
    • deve comunicar irregularidades técnicas à Agência Reguladora (ARPB);
    • deve garantir infraestrutura e supervisionar a execução do serviço dentro da cidade.

    Essas obrigações deixam claro que o Município continua sendo responsável pela adequada prestação do serviço. E se o Município deve fiscalizar, a Câmara tem o dever constitucional de fiscalizar o Município e todos os contratos firmados pelo Poder Executivo.

    1. Diante do rompimento recente de um reservatório, a fiscalização se torna ainda mais necessária

    O rompimento de uma estrutura da CAGEPA em Campina Grande resultou em danos materiais, prejuízos sociais e risco à vida humana.
    Em situações como essa, a atuação fiscalizatória da Câmara:
    • protege a população,
    • verifica falhas estruturais,
    • aponta responsabilidades,
    • e previne novos acidentes.

    Trata-se de uma obrigação institucional e moral do Poder Legislativo.

    A Câmara não invade competência alguma — ela cumpre seu dever.

    Toda fiscalização realizada pelos vereadores ocorre dentro dos limites legais e tem como único objetivo garantir a segurança, a transparência e a boa prestação dos serviços públicos essenciais.

    A população de Campina Grande tem o direito de saber se os reservatórios, tubulações e obras da CAGEPA estão realmente seguras.
    E a Câmara Municipal tem o dever de verificar isso.

    Compromisso com a cidade

    O Poder Legislativo reafirma seu compromisso de atuar de forma firme, responsável e transparente, sempre em defesa da vida, da segurança e do interesse público.

    Campina Grande merece proteção, respeito e prestação de serviços com qualidade.
    A Câmara seguirá vigilante.

    Campina Grande, 26 de novembro de 2025 .

    Saulo Messias Garcia Ribeiro ( Saulo Germano) – Vereador Presidente

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