O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), sancionou o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) do município para 2025. A peça foi aprovada no último dia 31, durante sessão extraordinária da Câmara Municipal. O projeto publicado em Separata do Semanário Oficial do Município prevê que na LOA despesas da ordem de R$ 2.257.664.000,00. Porém, o prefeito decidiu vetar o trecho que previa reserva de recursos para o pagamento das emendas impositivas.
Após a repercussão do fato, o ainda líder da Oposição na Câmara campinense, Anderson Almeida, o “Pila”, do PSB, reagiu duramente a decisão de Bruno, em entrevista à Arapuan FM. “A palavra do prefeito é um risco na água, não vale nada”, criticou.
Pila também mencionou enxergar uma contradição da gestão municipal ao vetar as emendas impositivas, enquanto a própria, segundo ele, depende de recursos federais do tipo para cobrir despesas, inclusive o pagamento de salários.
Vereadores da bancada do prefeito também se pronunciaram sobre o tema. Foi o caso de Alexandre do Sindicato, que pautou a questão em entrevista à Correio FM. “Foi discutido pela manhã (no dia 30/12) com o prefeito o percentual de 0.7%, mas ao chegar ao plenário, numa discordância do vereador Olímpio Oliveira, ele convenceu de que deveria se fazer uma emenda retornando ao valor de 1.2%, alegando que já existia a Lei e se mudássemos isso, estaríamos desdizendo-a. Nossa bancada votou contra a emenda do vereador, mas a Oposição contava com maioria, aprovaram a emenda, o que criou esse constrangimento”, declarou.
A querela se arrasta desde 2023 e deve ser o primeiro motivo de mais uma quebra de braço do Executivo com o Legislativo campinense em 2025. A conferir.